quarta-feira, 16 de março de 2011

E então...

Não sei se por medo ou por coragem resolvi me respeitar.
Já trilhei caminhos escuros, que nem sabia onde pisar.
Vasculhei nos meus armários e encontrei as dores lá,
Esperando por respostas ou talvez aberturas para entrar
Recordei as minhas lágrimas, que muitas vezes preferi calar
Me recolhi diante de atos que me faziam relembrar,
Um passado tão presente que muitas vezes fez meu pranto rolar

Não sei se por força ou por fraqueza decidi me escutar
Como um antídoto pro veneno não me deixo mais tomar,
Fujo, corro rapidinho, pra não mais me alcançar
Aquela dor tão doída que me manda rastejar.
Nada posso fazer com os que vivem a julgar,
Nossos atos tão  insanos, que insistem em se mostrar
Mas o que fazer se a vida encontra-se sempre a renovar?

Não sei se por felicidade ou lealdade preferi me encontrar,
Num caminho mais tranqüilo com as luzes a me guiar,
Num delírio tão mundano que o divino se fez  provar,
Na paz tantas vezes buscada, que insistia em burlar
Me enganando tantas vezes até o coração implorar:
“Te olhas profundamente e tua calma encontrarás”.
Na verdade ouvi essa voz que me ensinou a mudar
É a voz da experiência, que cedo ou tarde vem nos abraçar.

                                        Mara Cristina Chacon de Mesquita

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

solidão acompanhada

 ...ou a velha solidão na multidão à procura de um só abraço que traga de volta a alegria jenuína que um dia na vida experimentamos, mas que um dia sem dar adeus partiu e até agora não disse quando volta,  mas nessa busca já cansada mas incessante ficamos a esperar que um dia quando o coração desta infeliz felicidade a tocar de forma indefensável, ela olhe para trás e veja que deixou uma pobre pessoa a chorar de dor por não ter conseguido acompanhá-la e finalmente decida pelo retorno eterno e infindável a esta vida carente de sorrisos sinceros.




Mara Cristina Chacon de Mesquita

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De braços abertos pra aprender!

Sou uma pessoa que constantemente escondo, atrás do meu sorriso, decepções, tristezas, dúvidas, incertezas,medos, enfim, uma série de sentimentos contraditórios que penso na disfarçada alegria acabo convencendo-os que melhor é se render, afinal dizia o grande Charles Chaplin : “sorri, vai mentindo a tua dor e ao mostrar que tu sorris todo mundo irá supor que és feliz”. Mas esses momentos, apesar de dolorosos, são a parte da vida que mais ensina. Quem nunca aprendeu a não doação depois de uma rejeição? Quem está livre da decepção com um suposto amigo, quando nele ou nela a confiança de suas quedas foi depositada e depois disso aprendeu a analisar melhor o “terreno onde pisa”? E aquele grande amor (ou pelo menos assim você pensava) onde um castelo de esperanças foi montado e depois viu que a base era na areia fofa da praia que a onda levou? E com isso aprendeu o que? Que o coração nunca se fecha apesar das várias declarações de “nunca mais”, porém todas as novas relações são mais cautelosas, menos passivas e que quando chega ao fim são menos sofridas,e que até mesmo amigos podemos nos tornar do antigo grande amor,  mas que o sofrimento, esse a gente não consegue eliminar da vida. E o perdão? Como usaríamos o perdão se não houvesse a mágoa? A vida é feita de contrários, aceitamos opiniões de pessoas que muitas vezes não conhecemos e as recusamos de quem nos criou e nos conhece bem, porém vemos “grandes amigos” se afastarem e nos apontarem nas tribulações enquanto que aquela mão familiar que nos afagou  está lá, estendida e quase falando “vem que eu te apoio”. Encontramos verdadeiros amigos onde nunca antes imaginaríamos, mas são eles (que geralmente contamos em uma mão só) os nossos companheiros de quem sabe uma vida toda, nos momentos de raiva, frustração, tristeza, decepção, na derrota, todavia também estão ao nosso lado na bagunça, na alegria, na vitória. Denomino a família e os amigos no sentido real da palavra, como pessoas que estão ao seu lado mesmo te conhecendo, porque eles reconhecem que também são passíveis de erro. Não preciso ir muito longe à história, pois nós, os considerados “corretos” e donos da verdade crucificamos o Homem de nossa Salvação e Ele, mesmo na dor, nos deu o maior exemplo de amor, deu sua vida por seus algozes! Por isso digo, sempre mantenha a mente aberta pra entender, pra perdoar, pra não julgar, pra ensinar e principalmente pra aprender, nós não temos a verdade incontestável, somos incompletos de sentimentos e de conhecimentos e nunca feche os braços para as dificuldades, pois o maior Homem do mundo morreu de braços abertos!
                                Dale 2011! Começamos!!!!

                                                               Mara Cristina Chacon de Mesquita

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Considerações e aprendizagens

Foi um ano de muita luta, mas também de grandes vitórias. Um ano em que caminhei em vários terrenos contrários, da alegria de me mostrar ao mundo à vontade de ficar calada até comigo mesma. Ano que fiz a viagem que tantas vezes passei e repassei em meus pensamentos e foi exatamente o que havia imaginado. Ano em que pessoas se afastaram, porém nesta balança a proximidade de amigos e a percepção de que os amo foi infinitamente mais significativo, mas tendo sempre em mente que se os afastados quiserem voltar estarei de braços abertos. Um ano cheio de boas surpresas, mas como não poderíamos conhecer a alegria sem passar pela dor, também tive decepções.
            Chorei as dores diversas de vários amigos, por outro lado ri a felicidade em proporção maior. Descobri que ainda não sei ignorar as perdas, mas que tenho forças para superá-las. Vi que toda escolha traz uma renúncia e que tive coragem de fazer muitas delas. Percebi que perdoar é consequentemente tranqüilizar a alma e que reconhecer o erro, pedir o perdão é um ato que somente os fortes são capazes de realizá-lo.Treinei inúmeras vezes o  não pré-julgar, pois já o fiz tanto que reconheci que esperar e agir com calma é sinal de inteligência, maturidade e justiça. Aprendi com mais profundidade o significado da palavra doação e que até mesmo em ouvir um amigo estamos nos doando. Entendi que as coisas não acontecem a meu tempo, mas no tempo de alguém que é infinitamente amoroso e que pra Ele não importa o quão imperfeita eu sou Ele sempre estará comigo. Participei (de longe ou de perto) de momentos em que vidas mudaram da morada terrena para um outro plano ainda desconhecido por nós como a própria vida o é. E por não termos provas concretas e um contrato assinado DEUS (licença ao meu amigo Vinícius de Morais) sofremos a dor da saudade. E por falar em SAUDADE, que coisinha má, é uma palavra que tem o poder de machucar a alma de uma maneira tão doída que nos deixa enfermos em um sentimento de impotência. Também senti muitas saudades, umas posso resolver enquanto outras...
            Compreendi que na maioria das vezes buscamos a felicidade de acordo com a visão alheia, todavia a minha descobri no sorriso de meu filho que sempre vem acompanhado de um “MÃE EU TE AMO MAIS QUE O INFINITO”, na volta pra casa, na conversa com os amigos, no resolver problemas, enfim, no dia-a-dia. Vi que o “nunca” e o “sempre” são tempos muito longos para serem obedecidos, então optei pelo “enquanto durar”. Comprovei mais uma vez que o mundo dá muitas voltas e que é bem melhor fazer o bem para que ele volte a você, já que o mal também faz o mesmo ciclo. Quebrei promessas feitas pra mim, no intuito de evitar sofrimentos desnecessários, mas não desisti de nenhuma. Enfim, “se chorei ou se sofri o importante é que emoções eu vivi” como diz meu amigo Roberto.
            Metas? Esperanças? Tenho muitas para este ano que já está mostrando seu rosto. Quero novos amigos, mas principalmente manter os que hoje tenho, quero crescer, mas até ainda poder ver minha base, quero aprender a ser feliz.
            Desejo que este Natal traga o renascimento da bondade, da paz, do discernimento e do perdão em nossos corações e que o Menino Jesus traga com ele o verdadeiro sentido da salvação para as nossas vidas.
            Desejo um 2011 cheio de surpresas boas, dinheiro (lógico né?), prosperidade, realizações, amizades verdadeiras, tranqüilidade, paz, saúde e que o sentimento do amor chegue em toda sua plenitude!
            Que Deus abençoe a todos.
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!
                                    
Mara Cristina Chacon de Mesquita

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Meu coração é minha razão. Essa é a lógica que inventei pra mim.

                                                               Luciana Brilhante

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vivamos!

   Desacelerei a vida um pouco nesta noite pra perceber as coisas e pessoas que me rodeiam. Sabe o que é interessante? Descobri que por termos o costume de exigir e desejar o que não possuímos tornamo-nos infelizes.Mas consigo provar em poucas palavras que a maioria das pessoas que conheço tem a felicidade como meta inalcançável, porém vivem cercadas dela não permitindo entrada livre pro dia-a-dia.
   Insisto em dizer, e que me conhece sabe, que só falo por mim. Comecei a ver minha família, pois é, eu tenho uma família, que briga, se desentende, que tem defeitos (se eu tenho inúmeros como posso exigir a perfeição?), mas que na hora do " pega pra capar" tá ali, do meu lado, apoiando, "segurando a barra", enfrentando dificuldades, defendendo e os defeitos nesta hora desaparecem. Sabe aquele dia infernal no trabalho (notaram que eu tenho um emprego não é?), que tu tem vontade de sumir? Aí vou pra casa e vejo o sorriso mais lindo e sincero que vem junto com um "EU TE AMO"! Pergunto: Cadê os problemas? Onde eles se escondem nessa hora?
   E quem não tem isso? Volta pra casa e nada? Putz! Não é que tenho uma casa pra voltar? Tenho um lugar pra morar! Massa né?
   Aí me encontro cheia de confusões, dúvidas, decepções, naquela fase de "PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER"! Então decido ligar para os amigos pra distrair, tirar o peso das costas, ouvir conselhos, desabafar e o que percebo? É...tenho amigos, e o mais engraçado é que eles tem várias formas: Pais, irmãos, primos, colegas de trabalho, colegas de farras, parceiros de semelhanças, amores,ou seja,  estão por todos os lugares, até em lugares distantes que se tornam vizinhos por causa da internet. 
   Lembrei de duas das minhas maiores paixões, a lua e o mar. As minhas recordações me levam de volta há anos atrás onde estava sentada em uma falésia e tive uma visão das pinturas mais lindas que Deus me proporcionou, a luz da lua cheia beijando o mar como se fossem antigos amantes que foram separados pela distância física, mas que encontraram um jeito de estarem sempre juntos. 
   É meus amigos, a vida é uma pintura natural em que o pintor só teve uma idéia : a felicidade dos seus personagens. É verdade...cheia de dificuldades, mas maior que isso temos a própria vida! Então eu digo: ACORDA PRA VIDA RAPÁ, CORRE ATRÁS DO QUE TU QUER, MAS VALORIZA TUAS CONQUISTAS! 
  Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: É BONITA, É BONITA E É BONITA! (Mestre Gonzaguinha)


                         Mara Cristina Chacon de Mesquita 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amor maior, Gabriel!

Te vejo tão lindo dormindo em meus braços
Antes de ti não acreditava nessa força
Um presente vindo como um amor puro e casto
E em teus olhos meu coração endossa

Em teus caminhos desejo muita felicidade
Em tuas escolhas quero sabedoria
Em tuas atitudes espero sobriedade
Mas em tua vida só quero alegria

Impossível comparar este sentimento
Pois te vejo como uma benção do Céu
Tentarei te dar os melhores ensinamentos
E mesmo tendo erros o acerto intento
Pois tu és o amor maior, meu filho Gabriel.

                                                    Mara Cristina Chacon de Mesquita